Em tempos tão difíceis, um bom processo de planejamento orçamentário pode ser o diferencial para o sucesso das empresas. E a tecnologia pode ajudar!

Planejar é sempre importante, mas, em tempos de economia estagnada, como nos dias de hoje, torna-se fundamental investir em um bom planejamento para manter a empresa operando de forma sustentável.

Digo isso com a propriedade de quem passou duas décadas em posições executivas e agora tenta ajudar empresas em situação financeira complicada por pura falta de um planejamento orçamentário estruturado.

E o que planejamento orçamentário tem a ver com tecnologia? Vejamos…
O processo de planejamento orçamentário, que traduz os compromissos assumidos de geração de valor para os seus ‘stakeholders’ (acionistas, clientes, funcionários, parceiros, sociedade) durante um determinado período de tempo, é geralmente estruturado em seis grandes fases:

1) definição das diretrizes e prioridades estratégicas da empresa, em geral num horizonte de longo prazo
2) definição dos diretrizes orçamentárias, como expectativa de crescimento, rentabilidade e geração de caixa
3) preparação dos planos de negócio, com a projeção de impactos nas estruturas e resultados da empresa
4) definição das principais métricas operacionais, organizacionais e financeiras, com suas respectivas metas
5) alinhamento da organização em torno destas métricas, estimulando-a a atingir as metas e objetivos traçados
6) monitoramento sistemático da execução e de seus impacto nos resultados para eventual ‘ajuste de rota’

Claro que há pequenas variações dependendo da metodologia utilizada (“Base-Zero”, “Matricial”, “Rolling”, etc.), mas sempre tendo o mesmo objetivo estrutural: orientar a organização quanto aos objetivos, prioridades e ações de curto prazo, de forma que a empresa possa atender às expectativas daqueles que nela têm algum interesse.

Legal, mas onde entra a tecnologia nisso tudo? Acontece que um bom processo de planejamento orçamentário depende, dentre outros fatores, da qualidade das informações que cercam a empresa. Informações essa que, nos dias de hoje, são processadas por dezenas de sistemas que integram o ambiente corporativo das empresas. E aí entra a tecnologia, no seu papel de suportar as organizações nos seus temas estratégicos, operacionais e financeiros.

Apesar das famosas “planilhas eletrônicas” ainda serem uma das principais ferramentas utilizadas em processos de planejamento orçamentário, vem crescendo aceleradamente o uso dos sistemas destinados especificamente a este tipo de processo e classificadas como Corporate Performance Management (CPM).

Um mercado que já movimenta alguns bilhões de dólares mundo afora e conta com a presença de renomadas empresas como IBM, Oracle, SAP, SAAS e Prophix, dentre outras, fornecendo soluções que incorporam:

• planejamento e ‘forecasting’ orçamentário
• modelagem e otimização de rentabilidade
• sistema de metas e métricas (‘scorecard’)
• consolidação e relatórios financeiros

E já há soluções disponíveis para todos os tipos de empresa. Por isso, se você pretende implantar um processo estruturado de planejamento orçamentário na sua empresa, sugiro, além de ponderar as diversas metodologias para melhor atender às características e necessidades da mesma, avaliar uma ferramenta de CPM. Vale a pena!

Volto em breve. Um forte abraço,

Mário

originalmente publicado em Istoé dinheiro – 17/04/18 – 14h59 – Atualizado em 18/04/18 – 21h25